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Habilidades Motoras Finas e a criança com Síndrome de Down.

Sabe-se que é através das habilidades cognitivas que a criança desenvolve as relações com objetos e pessoas ao seu redor. Com isso, o principal objetivo desta habilidade é que a criança desenvolva estratégias que lhe permitam adaptar-se aos problemas encontrados em cada fase do seu desenvolvimento. Você deve estar pensando, então, como a criança vai desenvolver essas estratégias?

A criança explora seu ambiente, principalmente através dos movimentos, ou seja, habilidades motoras grossas, e o analisa explorando objetos, principalmente através de habilidades motoras finas. Mas, o que são essas habilidades motoras finas e, porquê são tão importantes?

As habilidades motoras finas referem-se às ações que envolvem pequenos grupos musculares da face, mãos e pés, especificamente, os das palmas das mãos, olhos, dedos e músculos ao redor da boca. É a coordenação entre o que o olho vê e o que as mãos tocam. Estes músculos são aqueles que permitem: coordenação olho-mão, alcançar, apreender e manipular objetos, abrir, fechar, mover os olhos, a língua, sorrir, assoprar, etc.

As crianças com desenvolvimento típico, ao completar dois anos de idade, já devem ser capazes de realizar ações manuais maduras e funcionais, conseguindo planejar seus movimentos, utilizar as duas mãos ao mesmo tempo e de forma coordenada e, realizar as preensões de acordo com as características dos objetos. Já as crianças que nasceram prematuras, com síndromes e outras condições podem ter o desenvolvimento da coordenação motora fina afetado.

No que se refere à Síndrome de Down (SD), sabe-se que a hipotonia muscular e hipermobilidade articular, contribuem para o atraso do desenvolvimento motor, para a lentidão na realização dos movimentos e para as alterações no controle postural. Essas características, portanto, faz com que haja uma diminuição na possibilidade de explorações motoras e ambientais, prejudicando, portanto, o desenvolvimento das habilidades motoras finas.

As habilidades motoras finas envolvem um alto nível de maturidade e um longo aprendizado para a aquisição integral de cada um dos seus aspectos, já que existem diferentes níveis de dificuldade e precisão. Para isso, é importante que se siga um processo cíclico: iniciar a estimulação, com base em um nível muito simples (preensão com a mão inteira) e ao longo dos anos, com metas mais complexas e bem definidas (preensão com as pontas dos dedos, preensão do lápis, entre outras). Inicialmente, é através das habilidades motoras finas que as crianças conseguem brincar e, é através das brincadeiras que elas irão desenvolver as coordenações mais maduras para conseguir ser independente nas suas atividades de vida diária (alimentação, higiene pessoal, vestuário) e na escola (escrever, recortar, colar).

Por fim, é de extrema relevância saber que quanto mais cedo ocorrer a estimulação das habilidades motoras finas mais rápido a criança será capaz de realizar ações manuais maduras e funcionais. Ou seja, independente da criança com Síndrome de Down já haver ou não adquirido algumas habilidades motoras grossas, não devemos esperar para iniciar a estimulação da coordenação motora fina, mesmo se esta estimulação necessitar, inicialmente, ser de forma passiva (segurando nas mãos da criança, facilitando, assim, a preensão dos objetos).

Aqui um vídeo super legal de uma mamãe que desenvolve atividades em casa de coordenação motora fina. Se inspire, divirtam-se !

Até mais,


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