top of page

Como a Terapia Ocupacional pode auxiliar no tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA)?

Antes de iniciar o nosso assunto, gostaria de explicar rapidamente O que é a terapia ocupacional.

A terapia ocupacional é uma área da saúde que está relacionada com o desempenho das pessoas em suas ocupações, ou seja, em suas atividades cotidianas. Portanto, ela tem como objetivo manter, promover e desenvolver as habilidades de desempenho necessárias, para que as pessoas (neste caso, crianças com TEA) sejam funcionais nos contextos e ambientes em que estão inseridas.

Sabe-se que os autistas apresentam dificuldades básicas para o seu desenvolvimento, já que geralmente, apresentam prejuízos nas habilidades sociais, cognitivas, motoras e sensoriais. Esses prejuízos fazem com que eles tenham uma limitação no seu fazer ou até mesmo na forma com que são realizadas as suas atividades.

Diversos estudos mostram que os prejuízos apresentados pela criança com autismo, advém das dificuldades no processamento sensorial. Ou seja, o cérebro é encarregado de organizar, localizar e ordenar todas as sensações que chegam até ele, pois assim se formam as percepções, comportamentos e aprendizagens. Quando esse processo não ocorre de forma correta, há uma dificuldade de fazer uso das informações no cotidiano, isto é, em todas as suas atividades diárias.

A intervenção da terapia ocupacional com crianças que apresentam um transtorno no processamento sensorial, é realizado por terapeutas com formação específica em Integração Sensorial e tem como princípio básico do tratamento, de que não é uma terapia passiva. Sendo assim, a criança deve estar sempre participando das atividades e dando respostas adaptadas aos desafios propostos pela terapeuta.

Durante a terapia, as crianças são expostas a estímulos sensoriais, de maneira estruturada e repetitiva. Dessa forma, com o passar do tempo, o cérebro irá se adaptando e permitindo processar e adaptar as sensações com maior eficácia.

A intervenção da terapia ocupacional é comprovada na melhoria das habilidades sociais, cognitivas, motoras e sensoriais. Porém, é imprescindível que o profissional realize avaliações e, após reunir as informações necessárias, será desenvolvido um programa, com atendimentos estruturados e individualizados. Não podemos esquecer, ainda, que este profissional faz parte de um esforço colaborativo de uma equipe multidisciplinar, assim como dos pais e membros familiares.

Artigos utilizados:

COSTA, F. C. S., PFEIFER, L. I. Intervención de Integración Sensorial en niños

con Trastorno del Espectro Autista. Revista chilena de terapia ocupacional; vol. 16, nº. 1, pág. 99 – 107, Julio 2016.

DIONISIO, A. L. A., et. al. Brincar e Integração Sensorial: Possibilidades de Intervenção da Terapia Ocupacional. Disponível em: < http://atividadeparaeducacaoespecial.com/wp-content/uploads/2014/11/6CCSDIRCPROBEX2013430.pdf >. Acesso em: 06 nov. 2016.

ORTIZ HUERTA, J. H. Terapia de Integración Sensorial en niños com Transtorno del Espectro Autista. TOG (A Coruña); vol.11, nº.19, Mayo 2014. Disponível em: < http://www.revistatog.com/num19/pdfs/original5.pdf >. Acesso em: 06 nov. 2016.

SILVA, C. S. Terapia ocupacional com crianças com transtorno do espectro autista (TEA) no contexto escolar: possíveis estratégias. 2014. 27f. Dissertação (TCC) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2014

Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Nenhum tag.
bottom of page