A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NA MIELOMENINGOCELE
Neste mês falaremos sobre a mielomeningocele que é causada por uma falha no fechamento do tubo neural, acomete medula e meninges e, ocorre durante a quarta semana de gestação.
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Crianças com esse diagnóstico podem apresentar incapacidades crônicas graves, como paralisia dos membros inferiores (MMII), hidrocefalia, deformidades dos membros e da coluna vertebral, disfunção vesical, intestinal e sexual, dificuldade de aprendizagem e risco de desajuste psicossocial.
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Dependendo do segmento da coluna vertebral afetada, a criança pode apresentar maior comprometimento na locomoção (cadeirante ou deambulador).
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O tratamento na mielomeningocele deve ser multidisciplinar (Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Psicologia, bem como o acompanhamento médico) e tem como objetivo a independência motora e funcional da criança.
Tendo papel fundamental na reabilitação, a Fisioterapia pode ser iniciada já nos primeiros meses de vida, necessitando de uma avaliação criteriosa, com programa terapêutico individualizado e especializado, auxiliando na prevenção de contraturas e deformidades.
Durante as sessões de Fisioterapia, são estimulados o desenvolvimento motor da criança, como o controle cervical, o rolar, o sentar, a postura de quatro apoios e o engatinhar. Após a liberação do ortopedista, é iniciado os estímulos na postura em pé.
Algumas crianças necessitam de órteses, talas extensoras, andadores ou equipamentos específicos para auxiliar na postura em pé e na deambulação.
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Crianças que não recebem tratamento fisioterapêutico podem apresentar contraturas e deformidades ortopédicas com maior facilidade e frequência, sendo necessário, em alguns casos, intervenções cirúrgicas para correção.
Além da Fisioterapia Motora, a criança com mielomeningocele também necessita dos cuidados da Fisioterapia Urológica que, tem por objetivo orientar sobre a realização da compressão manual externa, com intuito de favorecer a drenagem vesical, diminuindo o risco de infecções, bem como o treinamento da evacuação.
Diante do exposto, também deve ser ressaltada a importância da correta orientação e colaboração dos cuidadores, contribuído assim para maior evolução da criança.
REFERÊNCIAS
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Pádua L, Rendeli C, Rabini A, Girardi E, Tonali P, Salvaggio E. Health-related quality of life and disability in young patients with spina bifida. Arch Phys Med Rehabil. 83(10):1384-8. 2002.
Santos, C. M. T.; et al. Reabilitação na Mielomeningocele. RBM Revista Brasileira de Medicina. 2007.