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Atividades da Vida Diária e as Tecnologias Assistivas

Historicamente a Terapia Ocupacional (T.O.) faz uso de diferentes estratégias com o objetivo de melhorar as habilidades dos indivíduos com alguma incapacidade, para que aumente sua independência e autonomia no desempenho de suas ocupações.

Quando falamos em ocupações, estamos elencando uma série de atividades diárias que são realizadas pelas pessoas e, portanto, fundamentais para a identidade e senso de competência de um sujeito. As ocupações são divididas em:

  • Atividade de Vida Diárias (AVD’s): banhar; usar o vaso sanitário e realizar a higiene íntima; vestir; alimentar; mobilidade funcional; cuidar dos equipamentos pessoais; higiene pessoal.

  • Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD’s): cuidar dos outros; cuidar de animais; educar criança; gerenciamento de comunicação; dirigir e mobilidade na comunidade; gerenciamento financeiro, da sáude e do lar; fazer compras, entre outros.

  • Descanso e Sono: descansar, preparação para o sono; participação no sono;

  • Educação: participação na educação formal; exploração das necessidades ou interesses pessoais na educação informal

  • Trabalho: interesse e busca por emprego; procura e aquisição de emprego; desempenho no trabalho, entre outros.

  • Brincar: brincar exploratório; participação no brincar.

  • Lazer: exploração do lazer, participação no lazer.

  • Participação social: envolver-se em atividades na comunidade, na família e com amigos.

Sabendo, então, que a paralisia cerebral é um grupo de desordens permanentes do desenvolvimento do movimento e postura, que causam limitações nas atividades. Neste artigo, vamos discutir um pouco sobre como as tecnologias assistivas, desenvolvidas pelos terapeutas ocupacionais, podem auxiliar na autonomia e independência das crianças com paralisia cerebral, na realização das atividades de vida diária (AVD’s).

- Na alimentação: existe uma grande variedade de adaptações que permitem ao paciente se alimentar de modo adequado, já que muitas vezes, a criança com PC tem dificuldade na preensão, apresenta uma amplitude de movimento diminuída ou incoordenação.



- No banho: devido a alteração do tônus, causado pela paralisia cerebral, muitas vezes, fica difícil dar banho em uma banheira convencional ou, para as crianças maiores, auxiliar na hora do banho (passar o sabonete pelo corpo).


Banheira com tapete antiderrapante Banheira em forma de concha

Esponjas com sabonete


Cadeiras adaptadas


- No uso do vaso sanitário: crianças com paralisia cerebral não só tendem a demorar para ter controle da bexiga, mas podem não ter consciência o suficiente da bexiga, o que acaba fazendo com que o desfralde aconteça tardiamente. Para que a criança se mantenha sentada no vaso sanitário ou penico, é importante que essa estrutura lhe ofereça conforto e segurança.

No vestir: é importante que as roupas sejam de fácil manejo, ou seja, com elásticos, velcros, botões de pressão, pois tudo isso vai facilitar para que a criança consiga realizar a atividade com maior independência.


Adaptação para abotoar Adaptação para meia Cadarço elástico


Na higiene pessoal: É durante a infância que se deve aprender a cuidar do próprio corpo. Em princípio, as crianças devem conhecer o próprio corpo para entender a importância de cada hábito higiênico que vão adquirir. No entanto, essa importância é percebida quando elas passam a fazer parte das atividades que envolvem a higiene.


Adaptador de fio dental Pente de cabo longo

Prancha com cortador e lixa de unhas Escova elétrica

Por fim, como já foi dito anteriormente, o uso da tecnologia assistiva é uma ótima ferramenta, já que ela possibilita ao terapeuta ocupacional, estimular a função e, reduzir a interferência da deficiência na realização de atividades funcionais de maneira independente. Portanto, é sempre importante salientar, que o trabalho do terapeuta ocupacional na tecnologia assistiva envolve a avaliação das necessidades, as habilidades físicas, cognitivas e sensoriais do paciente. Ou seja, as tecnologias são desenvolvidas levando em consideração a particularidade de cada paciente e, por este motivo, deve-se procurar um profissional com experiência.




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