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Linguagem e  Comunicação dos Autistas



Antes de começar a falar sobre a linguagem / comunicação dos autistas, gostaria de explicar um pouco sobre linguagem.

A linguagem é um sistema de comunicação, que abrange desde expressões (faciais e/ou corporais), gestos, escrita (linguagem escrita) e até mesmo a fala (linguagem oral). Através dela, o ser humano consegue pensar, imaginar, formar caráter, se manifestar, expressar sentimentos e interagir. Para se adquirir a linguagem é necessário: relações interpessoais, pois o “outro” tem o papel de significar / construir significado; a criança estar inserida no meio em que a linguagem faça parte de seu cotidiano; e que tenha condições físicas para aprender.

Os autistas apresentam dificuldade em interagir / socializar com outras pessoas e, como consequência, alguns não desenvolvem a linguagem (gestual, escrita, oral) de forma efetiva. Há casos em que as alterações de linguagem podem estar associadas, por exemplo, dificuldade na linguagem verbal e gestual. Vale ressaltar que as alterações variam de acordo com a severidade do quadro clínico.

Dentro da linguagem verbal, podemos destacar algumas características de alterações, mas vamos deixar claro que cada caso tem sua particularidade. Entre elas: estruturar a frase de forma adequada, troca de sons na fala, dificuldade em compreender metáforas, não conseguir manter o diálogo, vocabulário restrito, fala ininteligível, ecolalia (repetição fora do contexto) e até ausência de oralidade, em casos mais severos.

Para casos em que há ausência de oralidade, o fonoaudiólogo pode trabalhar com comunicação alternativa, as quais priorizam expressões e gestos dos indivíduos. Pranchas podem ser criadas e softwares podem ser utilizados. Os mais conhecidos e utilizados são: “PCS” (Picture Communication Symbols – Símbolos de Comunicação Pictórica) e o “PECS” (Picture Exchange Communication System - Sistema de Comunicação por Troca de Figuras).

Após avaliação feita, o fonoaudiólogo criará um plano terapêutico adequado, considerando as dificuldades de cada indivíduo, buscando, assim, aprimorar sua comunicação interpessoal e, consequentemente, inserindo-o na sociedade. Lembrando que a terapia em equipe multidisciplinar visa um melhor prognóstico para o paciente.

E pra vocês, que desejam ler mais sobre o assunto, aí vão os artigos lidos por mim:


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VYGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/vigo.html>.

DELFRATE, Christiane de Bastos, SANTANA, Ana Paula de Oliveira e MASSI, Giselle de Athaíde. A Aquisição da linguagem na criança com autismo: um estudo de caso. Psicologia em Estudo. Maringá, volume 14, número 2, abril/junho. 2009.

FERNANDES, Fernanda Dreux, CARDOSO, Carla, SASSI, Fernanda Chiarion, AMATO, Cibelle La Higuera, SOUSA-MORATO, Priscilla Faria. Fonoaudiologia e autismo: resultado de três diferentes modelosde terapia de linguagem. Pró-Fono Revista de Atualização Científica. Volume 20, número 4, outubro/dezembro. 2008

BERSCH, Rita e SARTORETTO, Mara Lúcia. Assistiva – Tecnologia e Educação. Disponível em: <http://www.assistiva.com.br/ca.html>.

PECS-BRAZIL. Disponível em: <http://www.pecs-brazil.com/pecs.php>.

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